sábado, 9 de junho de 2018

Sense8: Episódio Final - Crítica (SEM SPOILERS)

Por Daniel Lima

Em meados de 2017, a Netflix surpreendeu todos os fãs com a notícia triste de que Sense8 não retornaria para uma terceira temporada. Embora a série seja um sucesso absoluto no Brasil, os baixos índices de audiência ao redor do mundo não justificavam a produção da continuação da série. O que não era esperado por parte do serviço de streaming era a comoção dos fãs atrás de pelo menos uma conclusão digna para a série.

Após uma enxurrada de tweets e de um abaixo-assinado com mais de 500 mil assinaturas, o serviço de streaming anunciou que daria aos fãs um filme de duas horas e meia, encerrando a história do mais famoso grupo de pessoas ligados telepaticamente por uma espécie de consciência coletiva. Miguel Ángel Silvestre, Toby Onwumere, Doona Bae, Tina Desai, Max Riemelt, Tuppence Middleton, Jamie Clayton e Brian J. Smith deram a vida mais uma vez aos nossos queridos senses.

E com um final altamente digno, podemos dizer finalmente adeus a uma das melhores séries já criadas. A luta contra a OTB e o vilão Sussurros continua exatamente onde a segunda temporada acabou, com Wolfgang capturado pela organização e precisando ser resgatado. Como a conclusão da série se deu através de um "filme", não vemos enrolações no decorrer da história. Tudo vai direto ao ponto sem demais rodeios e isso torna a ação do especial incrível. Quando pensamos que as coisas estão calmas, uma nova cena eletrizante de ação está acontecendo e nos envolvendo junto.

O triângulo vivido por Kala, Wofgang e Rajan tem destaque e é concluído de forma pouco óbvia, as relações tanto de Nomi e Amanita quanto de Sun e o detetive Mun são fonte dos momentos mais delicados e românticos da trama. Os demais personagens coadjuvantes também ganham momentos de brilhar na despedida, com destaques a Dani e Bug. Infelizmente a participação de Hernando foi bem reduzida e isso aconteceu pois enquanto o episódio final estava sendo gravado, Afonso Herrera, que dá vida ao personagem, estava em processo de gravação de seu outro trabalho na TV, The Exorcist.

As cenas de ação são de todo o episódio, as partes mais interessantes e feitas para agradar todos os tipos de fãs. Vemos sequências clássicas de Sun com seu estilo de luta, Wolfgang mostrando sua habilidade com armas. Os protagonistas são jogados em territórios que os fazem encarar verdadeiros exércitos, onde explodem todos os tipos de veículos e rolam em litros e litros de sangue bem a la estilo Quentin Tarantino.

O episódio final foi um presente para os fãs. Ver nossos heróis colocando um ponto final em suas jornadas é um preço que poucas séries canceladas precocemente querem pagar. Durante as duas horas e meia, é impossível não se emocionar com clichês básicos românticos, se desesperar por personagens à beira da morte entre outros aspectos que tornam o episódio incrivelmente especial. Para quem se apaixonou pela trajetória do cluster durante suas duas temporadas, o encerramento é a explosão de emoções que fez a série ser tão querida pelos fãs e dar o adeus definitivo.

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