segunda-feira, 5 de junho de 2017

ANALISE - INJUSTICE 2

Por Daniel Lima

Injustice 2 é a aguardada continuação do primeiro game da NetherRealm que finalmente conseguiu fazer um jogo de luta de heróis com um enredo de tirar o fôlego em seu modo história e uma jogabilidade incrível. Em seu retorno, além de novos personagens, o game traz um inédito sistema de equipamentos e customização que promete fazer com que esse game não saia dos seus jogos mais jogados por um bom tempo.

O game mantém o princípio da luta entre as "facções" do Batman e do Superman que já vimos no anterior, enriquecendo o enredo com elementos mais variados. Apesar de ser um pouco previsível de que lado esses personagens vão acabar ficando, é bem interessante ver os acontecimentos que levam até essas escolhas.

Falando em escolhas, temos algumas para fazer ao longo da história, mas elas só impactam em qual personagem você vai usar nas lutas. A única escolha que muda realmente o final é a última, forçando o jogador a finalizar a luta final mais de uma vez para ver o final completo.

Por melhor que seja a campanha, é a jogabilidade que mais importa num jogo de luta, e Injustice 2 traz melhorias significativas que tornam o jogo melhor do que o primeiro. O game mantém aquele gosto familiar de não ter que aprender a jogar tudo de novo, mas inovando em técnicas e combos para sentirmos que estamos jogando um novo game.

Os gráficos e especialmente o design do game estão MAGNÍFICOS. Um grande destaque vai para as animações. A expressão dos personagens é muito bem capturada, bem demonstrada, bem trabalhada, algo que não se espera que seja tão bom em um game que o foco são combates. O nível de qualidade das expressões faciais é algo que se esperaria mais num jogo de RPG do que de um simples jogo de luta.

Mas não é só a expressão dos personagens. Suas animações durante a luta, dos golpes, faz com que tenhamos o gosto de jogar. Isso tudo somado ao design das armaduras e equipamentos que são muitos para liberar.

Um dos maiores destaques desse game, para nós, é a dublagem. A dublagem dos personagens realmente brilha, especialmente no português brasileiro, por usar muitas vozes já consagradas no desenho da Liga da Justiça.

Trazer Márcio Seixas como Batman e o Guilherme Briggs como Superman que são vozes que nós, fãs de super-heróis, escutamos desde suas séries animadas solo, lá pelos anos 90. Mais tarde nos desenhos da Liga da Justiça, essas vozes foram mantidas e acompanhadas por muitas outras que ficaram eternizadas em nossa memória e que retornam para dublar Injustice 2. O resultado final é incrível.

Só não ficou mais perfeito por causa da direção da dublagem. Em Injustice 2, como explicado por Wendel Bezerra (Irmão Olho), os dubladores não tiveram a chance de ver as cenas que eles estavam fazendo durante a gravação, algo que é comum e muito criticado no desenvolvimento de jogos. Isso sempre resultará em algumas cenas fora do tom e alguns diálogos que não fazem muito sentido com o que estamos vendo. Isso é um ponto negativo, não apenas para Injustice, mas para todos os games com dublagem brasileira.

Injustice 2 é indispensável para aqueles que são fãs da DC e fãs de jogos de luta.

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