sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Marvel's Runaways - Crítica (Primeira Temporada)

Por Daniel Lima

O que você faria se seus pais fossem vilões de uma organização oculta adorada de divindades que irão trazer o fim do mundo? Bem, esse grupo de adolescentes passou por essa situação e se tornaram "heróis" por acidente, dispostos a limpar seus nomes e revelar toda a verdade que seus pais andavam fazendo ao mundo.

Marvel's Runaways (Fugitivos no Brasil) é série do serviço de Streaming americano Hulu baseada nos quadrinhos de mesmo nome da Marvel Comics. Produzida pela ABC Signature Studios, Marvel Television e Fake Empire Productions, e comandada por Josh Schwartz e Stephanie Savage, conhecidos pelo trabalho em The O.C. e Gossip Girl. No Brasil a série será exibida pelo canal pago Sony, embora uma data de estréia ainda não tenha sido divulgada.

A premissa é bem simples, mas nem por isso menos interessante: um grupo de seis adolescentes descobre que seus pais, casais de sucesso nas mais diversas áreas de trabalho, tem atitudes nada comuns nas suas reuniões de caridade com o grupo PRIDE (ORGULHO em português). Ao presenciarem sem querer uma das tais reuniões os jovens têm a certeza que seus pais são criminosos.

Apostando em uma linha mais sentimental, roteiro com ramificações em drama adolescente, com direito a paixões e desilusões amorosas, a série tem, sim, uma vibe bem teen. E isso em nada tira o charme do show para quem conhece o grupo das HQs. Além disso a série também gira em torno da investigação sobre os pais-vilões, a descoberta das habilidades e/ou excentricidades de cada um dos jovens, e na ótica do outro lado da história: a visão dos pais sobre suas ações.

Um ponto forte para quem leu o quadrinho e assistiu a série é ver como a caracterização física dos personagens foi tratada de forma fiel. Dos garotos aos vilões, pelo menos os que não usam uniformes nas HQs, todos foram tratados visando uma fidelidade altíssima, e você pode até perceber roupas e penteados exatamente iguais na revista e na série!

Claro, que a série não é perfeita, e aqui entra um dos motivos de maior tristeza com o roteiro: a magia foi ignorada e substituída por aparatos tecnológicos. Outro ponto negativo da série fica por conta de alguns efeitos especiais que em muitos pontos deixam a desejar (felizmente boa parte das cenas de nossa querida viajante do tempo Alfazema estão ricas em efeitos e não deixam a desejar).

Runaways é mais uma série da Marvel que se mostra acertada. A proposta de uma série mais leve, em contra-partida às apostas da rival Netflix, mostra que o serviço Hulu, juntamente com a Marvel, visam aqui um público mais juvenil. O roteiro coeso se utiliza bem das referências dos quadrinhos e, em partes, realinha a sua estrutura para trazer às telas um show dinâmico, juvenil e que prende o telespectador por gerar grande simpatia com seus personagens.

Nota da série: 9/10

Para quem não conhece os HQs, segue abaixo uma descrição simples dos personagens:

Criada em 2003, a equipe foi pensada para sair do “padrão” de super-heróis até então apresentados:

Nico Minoru: Líder da equipe nos HQs. Ela é filha de dois magos do Orgulho, e em sua primeira batalha contra eles, a menina acabou absorvendo o Cajado do Absoluto, um objeto que permite com que ela pratique magia.

Alex Wilder: É um estrategista manipulador completo, e possui um intelecto capaz de arquitetar artimanhas e tramoias confusas até mesmo para alguém inteligente.

Karolina Dean: Filha de alienígenas de um planeta chamado Majesdan. É o coração da equipe, sempre cheia de brilho e com um amor inesquecível pela vida. Seu corpo é uma espécie de bateria solar, lhe garantido uma pele bio-luminescente, sendo capaz de criar construtos e rajadas de energia pura. Além disso, ela pode voar e tem super-força.

Molly Hayes: Filha de dois telepatas, Molly é a mais jovem do grupo e acabou sendo revelada como uma mutante. Seus poderes são basicamente de uma super-força cujos limites nem sequer foram testados. Além disso, ela é invulnerável, ainda que não seja completamente invencível.

Gert Yorkes: É uma das mentes mais brilhantes da equipe. Seus pais são viajantes temporais excêntricos. Ela não possui poderes, contudo, seus pais fizeram o favor de lhe trazer um dinossauro geneticamente alterado do futuro (Alfazema) com o qual ela possui um elo telepático/empático.

Chase Stein: Cabeça-quente, estressado, impulsivo e rebelde. É o bad boy do grupo. Ele não possui um poder especial, porém, ele roubou as Fistigonas, manoplas criadas por seus pais, capazes de gerar fogo, eletricidade e disparar torpedos. Ele também utilizava óculos especiais de Raios-X e botas propulsoras.

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