Dê uma pausa e reflita: Alguma vez você cultivou um amigo imaginário? É bem provável que sim, especialmente se a infância já foi sua fase. Agora, tente evocar sua imagem: alto, baixo, colorido, humano, animal, uma mistura peculiar? Amigos imaginários são verdadeiras singularidades, visíveis apenas aos olhos de seus criadores. Você certamente partilhou aventuras inesquecíveis com ele, mas, com o tempo, esse companheiro acabou sendo relegado ao esquecimento, deixando de fazer parte de sua existência.
Agora, imagine se alguém conseguisse vislumbrar os amigos imaginários de todas as pessoas. Eis o que ocorre com Bea (interpretada por Cailey Fleming). A única pessoa que compreende seu dom é Cal (Ryan Reynolds), com quem mantém uma relação tumultuada, mas que a conduz ao universo dos MIGS (a alcunha dos Amigos Imaginários), com a missão de restabelecer o vínculo entre eles e suas crianças, agora adultas.
Sob a batuta do roteirista e diretor John Krasinski (o mesmo de "Um Lugar Silencioso"), que também integra o elenco, "Amigos Imaginários" emerge como uma obra divertida, dotada de uma proposta intrigante que estreita os laços entre adultos e crianças.
Os MIGS constituem o ponto alto da película. Cada um desses amigos imaginários parece brotar da mente de uma criança distinta, tal é a profundidade na construção de cada personagem, desde suas características físicas até suas personalidades. Este é o caso de Blue (interpretado por Steve Carell) e Blossom (interpretada por Phoebe Waller-Bridge), figuras que desempenham papéis cruciais ao longo de toda a narrativa.
Ryan Reynolds desponta no filme com uma performance impecável, estendendo a mão ao público e acompanhando-o ao longo de toda a jornada. Alan S. Kim, que dá vida a Benjamin, um garoto que se torna amigo de Bea, embora apareça em poucas cenas, irradia luz na tela e encanta a audiência.
O aspecto visual é deslumbrante, com efeitos especiais que conferem uma aura mágica à película. Entretanto, o roteiro deixa a desejar ao apresentar uma profusão de elementos narrativos e não conseguir explorá-los adequadamente, deixando algumas pontas soltas, como a relação entre a protagonista Bea e seu pai, interpretado pelo próprio John Krasinski. Ambos os personagens são marcantes e estabelecem uma bela relação de amizade e parceria que poderia ter sido mais aprofundada.
"Amigos Imaginários" é como um abraço acolhedor para o coração, capaz de reconectar você à sua criança interior e proporcionar uma visão mais leve do mundo.
Assista ao trailer aqui:
Apesar de não ser muito bem meu gosto.... esse sua analise me deixou vontade com assistir o filme
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