Jogador N° 1 sem sombra de dúvidas é um dos maiores blockbusters do ano e ninguém melhor que Steven Spielberg para levar essa adaptação às telas. Afinal, a obra original escrita por Ernest Cline contém diversas referências de seus filmes.
O longa porém é muito mais do que a comum colagem de referências que vemos aos montes hoje em dia. Existe sim, a preocupação em mostrar a nostalgia das referências que cercam o filme, mas ele possui um enredo bem mais denso além disso.
Spielberg se reencontrou ao dirigir esse novo longa. Não é o diretor adulto e dramático que vimos em suas últimas produções. O que vemos é um cineasta "jovem", que trouxe filmes incríveis como E.T., Indiana Jones, entre outros e esse com toda a certeza é um dos pontos fortes do filme.
Mas nem tudo são flores. Os leitores da obra original (como eu) podem se decepcionar com alguns detalhes alterados ou deixados de lado. Pontos chaves da personalidade de personagens como Art3mis, Aech e até I-r0k podem incomodar um pouco aos fãs mais apaixonados. Até mesmo alguns detalhes do enredo foram simplesmente alterados ou esquecidos. Mas não pense que isso é algo extremamente ruim, pois não é. Há menos desafios e subtramas, como esperado, mas o resultado, sob o comando de Spielberg, é muito bem amarrado.
Ty Sheridan nos entrega um bom Wade Watts e Ben Mendelsohn nos entrega um bom vilão caricato, um papel que já é bastante recorrente em sua carreira. Diferente do livro, há um equilíbrio maior entre o mundo real e o virtual, aproveitando mais os atores e não somente as cenas especiais. E por falar em cenas especiais, elas são bem feitas, bem conectas e ao misturar os mundos, é possível se atrapalhar ao achar que aquela cena é computação gráfica ou apenas uma maquiagem bem feita.
Jogador N° 1 com certeza é um filme (assim como o livro e você pode ver nossa resenha AQUI) que veio para durar gerações. É uma obra que vai agradar aos mais jovens e aos mais velhos. É um filme para todos.
O longa tem estreia marcada para a próxima semana, a partir do dia 29 de março e recomendamos muito a presença nos cinemas.
Nota do Crítico: 09/10
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