Por Daniel Lima
Estreou na última sexta feira, dia 30, a segunda temporada da aclamada Desventuras em Série. Antes de continuar, é bom deixar um pequeno aviso. Se você não gostou da primeira temporada, siga o conselho de Lemony Snicket e use o seu tempo para assistir algo mais feliz e agradável. Infelizmente (ou felizmente) essa nova temporada traz mais e mais infortúnios vividos pelos irmãos Baudelaire e nada de final feliz.
Não há uma grande mudança de uma temporada para outra e a trama segue basicamente com a mesma estrutura e ritmo, com cada livro da saga dividido em dois episódios, ricos em detalhes dos livros. Os efeitos visuais continuam intencionalmente exagerados, assim como cenários mantém características teatrais repletos de anacronismos. Nada ali parece realmente fazer parte do nosso mundo e sim de um lugar fantasioso, mas é justamente isso que dá mais charme para as aventuras dos órfãos. Nessa segunda temporada temos mais 05 livros sendo adaptados, totalizando 09 até o momento. As quatro histórias restantes serão contadas na terceira e última temporada já confirmada pela Netflix.
As maiores mudanças são os novos personagens que chegam para expandir o universo e ajudar os protagonistas a descobrirem mais pistas sobre os mistérios da série. Dois dos trigêmeos Quagmire: Isadora (Avi Lake) e Duncan (Dylan Kingwell) são sem sombra de dúvida uma das maiores surpresas agradáveis. Eles são órfãos que passaram por situações extremamente parecidas com as dos Baudelaire. Isso conecta rapidamente os personagens, formando um grupo de órfãos curiosos a respeito das incógnitas que envolvem a morte de seus pais.
Uma grande surpresa para o lado do time do Conde Olaf (Neil Patrick Harris), é a adição da personagem Esmé Squalor (Lucy Punch). Ela aparece pela primeira vez no terceiro episódio da série (sexto livro). É a namorada de Olaf e tem uma grande obsessão com a alta moda e busca incansavelmente um item peculiar que lhe fora tirado pela instituição da qual os pais dos protagonistas fizeram parte. Punch dá a vida à uma excelente vilã, e faz com que a gente se apaixone fácil por ela, assim como é nossa paixão pelo Olaf.
Como já disse, a fórmula de estrutura da série são exatamente os mesmos vistos na primeira temporada:
"Os Baudelaire são mandados para um novo guardião, o Conde Olaf aparece disfarçado, os Baudelaire falhamente tentam avisar aos descrentes adultos e no final uma confusão acaba revelando que os jovens estavam certos. E assim, são realocados para um novo cenário, passando pelas mesmas situações de antes."
Porém, devemos destacar que a série consegue entregar surpresas interessantes. Tendo seu ápice com uma revelação em “The Hostile Hospital” (episódios 7-8). Dessa maneira, abre novas variáveis intrigantes para a próxima temporada e chega num final de temporada proveitoso, não é completamente conciso e nem o tanto enfadoso.
Como algum tempo se passou entre as gravações das temporadas, a atriz que interpreta Sunny Baudelaire (Presley Smith) cresceu, mas a série dá um jeito de explicar a mudança com uma leve brincadeira que combina totalmente com o clima da história. Os novos episódios de Desventuras em Série são deliciosos de assistir mesmo com as desgraças e injustiças se acumulando pelo caminho. Agora o que nos resta é esperar um certo tempo para ver a conclusão dessa história e descobrir se algum dia, os irmãos Baudelaire serão felizes.
Nota do Crítico: 08/10
Desventuras em Série conta com suas duas temporadas disponíveis já no Netflix.
sábado, 31 de março de 2018
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Desventuras em Série - Crítica Temporada 2 (SEM SPOILERS)
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