sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Crítica - A Noiva

Por Daniel Lima

A Noiva é um filme de terror russo, extremamente genérico e inconsistente, que não cumpre o real objetivo: assustar.

Na trama, temos a jovem universitária Nastya (Victoria Agalakova) que está recém-casada no civil com Vanya (Vyacheslav Chepurchenko). O jovem apaixonado leva sua noiva para o interior, na fazenda da família, a fim que ela conheça seus parentes. No local, a matriarca é Liza (Aleksandra Rebenok), irmã de Vanya, e mãe de um casal de crianças. O local porém esconde um terrível segredo que colocará a vida de Nastya em perigo.

A lenda local é que almas são amaldiçoadas quando os mortos são fotografados (ficam presos no negativo da foto), porém, o roteirista não se dá ao trabalho de nos contar a origem dessa lenda, de onde ela surgiu e por que.

Os personagens são completamente mal trabalhados, sem expressão ou uma carga emocional passada que justifiquem as ações tomadas no longa. Nastya é a clássica loira de filmes de terror que passa o tempo tomando as decisões mais idiotas possíveis e caprichando nos pulmões para os inúmeros berros em cenas que não nos convence de que ela estava com medo ou desesperada.

O cenário da velha casa é assustador o suficiente, sem precisar de qualquer atuação investida nela. A fotografia também garante o teor típico para o gênero, com externas enfumaçadas pela neblina.

Outro ponto negativo é a direção. O longa demora muito a engatar e passa a metade do tempo apenas preparando o terreno de sua história. Nada acontece e quando acontece, é aquele clichê já esperado. O "demõnio" do longa, é uma especie de junção da "Samara" do filme O Chamado, com a menina do filme O Exorcista. Em alguns momentos, dá pra sentir o DEJÁ-VU.

A Noiva pode ser uma boa pedida para aqueles consumidores menos exigentes do gênero ou para os fãs de terror escrachado. O filme tem estreia nos cinemas nacionais no dia de hoje 03.11.


Nossa nota para o filme: 5/10.


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